Benedito Barbosa Marques, 21, é um dos treze (13) filhos do
casal de agricultores, Antônio e Maria de Fátima e mora na comunidade de
Carnaúba, em Umirim/CE. Desde pequeno, ele e os irmãos foram estimulados pelos
pais a trabalharem na agricultura.
O pai, seu Antônio, lembra saudoso do tempo em que ele, a
esposa e os filhos iam trabalhar juntos. “Nós e os meninos saia cedinho para o
roçado, não existia tempo ruim, toda manhã acordávamos cedo para fazer alguma
coisa”.
esposa e os filhos iam trabalhar juntos. “Nós e os meninos saia cedinho para o
roçado, não existia tempo ruim, toda manhã acordávamos cedo para fazer alguma
coisa”.
O tempo passou e a rotina da família foi se modificando. Dona
Maria de Fátima, que de vez em quando ajuda o esposo na agricultura, foi
aprovada em concurso municipal e tornou-se auxiliar de serviços gerais na
Escola da comunidade. Alguns filhos casaram, outros foram morar nos centros
urbanos, Benedito e os dois irmãos mais novos permaneceram com os pais.
Maria de Fátima, que de vez em quando ajuda o esposo na agricultura, foi
aprovada em concurso municipal e tornou-se auxiliar de serviços gerais na
Escola da comunidade. Alguns filhos casaram, outros foram morar nos centros
urbanos, Benedito e os dois irmãos mais novos permaneceram com os pais.
Motivado pelos pais, Benedito sempre procurou conciliar os
estudos com o trabalho para ajudar no sustento da casa. Quando cursava o Ensino
Médio, Bené teve que se ausentar temporariamente das atividades agrícolas. A
Escola ficava distante da comunidade e como sua mãe conseguiu no colégio um
expediente para um de seus filhos lhe ajudar, ele começou a trabalhar com ela
nesse período.
estudos com o trabalho para ajudar no sustento da casa. Quando cursava o Ensino
Médio, Bené teve que se ausentar temporariamente das atividades agrícolas. A
Escola ficava distante da comunidade e como sua mãe conseguiu no colégio um
expediente para um de seus filhos lhe ajudar, ele começou a trabalhar com ela
nesse período.
Benedito Barbosa, Dona Maria de Fátima, David (sobrinho) e seu Antônio (da esquerda para a direita) |
“Um a um, eu e meus irmãos foram passando por esse emprego,
até que chegou minha vez. Foi o meu primeiro emprego, passei três anos como
auxiliar, varrendo, enxugando, e por fim consegui ser monitor de um projeto que
ajudava jovens na alfabetização, daí surgiu a vontade de melhorar minha
comunidade”.
até que chegou minha vez. Foi o meu primeiro emprego, passei três anos como
auxiliar, varrendo, enxugando, e por fim consegui ser monitor de um projeto que
ajudava jovens na alfabetização, daí surgiu a vontade de melhorar minha
comunidade”.
Em 2014, Bené começou o curso de Pedagogia à distância na
Universidade Federal do Ceará (UFC) e tentou conciliar os estudos com algum
trabalho para obter uma renda. Durante dois anos, trabalhou em vários
estabelecimentos no município, mas nenhum correspondeu aos seus anseios. Ele
queria continuar os estudos, trabalhar e colaborar com outros jovens.
“Suas ideias era de um empreendedor”, disse uma amiga.
Universidade Federal do Ceará (UFC) e tentou conciliar os estudos com algum
trabalho para obter uma renda. Durante dois anos, trabalhou em vários
estabelecimentos no município, mas nenhum correspondeu aos seus anseios. Ele
queria continuar os estudos, trabalhar e colaborar com outros jovens.
“Suas ideias era de um empreendedor”, disse uma amiga.
Oportunidade de empreender
Uma amiga de Benedito que conhecia os seus projetos de vida
soube das inscrições do Programa Jovem Empreendedor Rural (PJER) no município e
indicou para ele, que não hesitou em conhecer a ideia. De imediato, Bené
apostou que o empreendedorismo seria uma estratégia para alcançar seus
objetivos: ter independência financeira, continuar morando na comunidade e
inspirar outros jovens.
soube das inscrições do Programa Jovem Empreendedor Rural (PJER) no município e
indicou para ele, que não hesitou em conhecer a ideia. De imediato, Bené
apostou que o empreendedorismo seria uma estratégia para alcançar seus
objetivos: ter independência financeira, continuar morando na comunidade e
inspirar outros jovens.
“A necessidade de ser independente, ajudar minha família e
aprender mais, me convenceu imediatamente a participar do PJER e tentar
conciliar mais uma atividade nos meus dias de trabalho. No início de 2015 me
inscrevi, fui selecionado e ingressei em mais uma jornada, que me proporcionou
um leque de oportunidades que até então não compreendia”.
aprender mais, me convenceu imediatamente a participar do PJER e tentar
conciliar mais uma atividade nos meus dias de trabalho. No início de 2015 me
inscrevi, fui selecionado e ingressei em mais uma jornada, que me proporcionou
um leque de oportunidades que até então não compreendia”.
No curso Empreendedorismo e Gestão de Negócios do Programa,
Bené foi instigado a pensar qual o negócio poderia ser viável em sua
propriedade. Após fazer uma pesquisa de mercado ele identificou que investir em
avicultura caipira era uma grande oportunidade. A atividade condiz com as
condições climáticas e é muito apropriada para a propriedade.
Bené foi instigado a pensar qual o negócio poderia ser viável em sua
propriedade. Após fazer uma pesquisa de mercado ele identificou que investir em
avicultura caipira era uma grande oportunidade. A atividade condiz com as
condições climáticas e é muito apropriada para a propriedade.
“No início (do curso) eu não tinha uma ideia clara de
negócio, a única coisa que eu pensava era em como eu poderia começar a ganhar
dinheiro, ter autonomia, e ser uma referência na minha comunidade. Falei na
entrevista que montaria um negócio na área agrícola, pois tinha noção da
necessidade”. Com os conhecimentos adquiridos sobre gerenciamento e
empreendedorismo no Programa, apoio financeiro do Fundo Veredas e de sua
família, ele criou um empreendimento de avicultura caipira.
negócio, a única coisa que eu pensava era em como eu poderia começar a ganhar
dinheiro, ter autonomia, e ser uma referência na minha comunidade. Falei na
entrevista que montaria um negócio na área agrícola, pois tinha noção da
necessidade”. Com os conhecimentos adquiridos sobre gerenciamento e
empreendedorismo no Programa, apoio financeiro do Fundo Veredas e de sua
família, ele criou um empreendimento de avicultura caipira.
Empreendimento de avicultura caipira do jovem Benedito |
Bené organizou um espaço no quintal de casa, construiu um
galpão e comprou 150 pintos para iniciar o negócio. Após quatro meses, ele
começou a vender frangos na própria comunidade e sonha em comercializar seu
produto através da Caroá – Cooperativa de Jovens Empreendedores Rurais, que
está sendo articulada por ele e outros jovens do território.
galpão e comprou 150 pintos para iniciar o negócio. Após quatro meses, ele
começou a vender frangos na própria comunidade e sonha em comercializar seu
produto através da Caroá – Cooperativa de Jovens Empreendedores Rurais, que
está sendo articulada por ele e outros jovens do território.
Os lucros da primeira remessa de pintos foram investidos no
próprio empreendimento, a fim de ampliar a produção e atender novos mercados.
Nesse ínterim, sua irmã Raquel e mais três jovens de Carnaúba inspirados por
sua história ingressaram no Programa Jovem Empreendedor Rural da Adel e
compartilham o desejo de fortalecer seus empreendimentos e planejar projetos
sustentáveis na comunidade.
próprio empreendimento, a fim de ampliar a produção e atender novos mercados.
Nesse ínterim, sua irmã Raquel e mais três jovens de Carnaúba inspirados por
sua história ingressaram no Programa Jovem Empreendedor Rural da Adel e
compartilham o desejo de fortalecer seus empreendimentos e planejar projetos
sustentáveis na comunidade.
O Programa Jovem Empreendedor Rural (PJER) é desenvolvido
pela Adel com o patrocínio da Petrobras, apoio do Instituto Carrefour, Fundação
Interamericana (IAF), Oi Futuro, Manos Unidas, Fundo Socioambiental Caixa e
Prefeitura Municipal de São Gonçalo do Amarante.
pela Adel com o patrocínio da Petrobras, apoio do Instituto Carrefour, Fundação
Interamericana (IAF), Oi Futuro, Manos Unidas, Fundo Socioambiental Caixa e
Prefeitura Municipal de São Gonçalo do Amarante.