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Desde 2018, a Agência de Desenvolvimento Econômico Local (Adel) assessora e capacita quatro (4) associações comunitárias e uma (1) cooperativa de agricultores familiares na região do Médio Curu, municípios Apuiarés e General Sampaio; e, Região Metropolitana de Fortaleza, municípios Cascavel, Horizonte e Maranguape. No total, 147 agricultores familiares são beneficiados pela Adel por meio do Projeto de Desenvolvimento Rural Sustentável – PDRS/Projeto São José III.
O Projeto São José III tem como foco o fortalecimento da agricultura familiar e o bem-estar de comunidades rurais. É uma iniciativa do Governo Estadual do Ceará através da Secretaria de Desenvolvimento Agrário (SDA), em parceria com o Banco Mundial (BIRD). O Projeto é desenvolvido por diversas instituições selecionadas por meio de licitação, sendo a Adel uma delas.
A proposta do Projeto São José III fortalece a agricultura familiar, grande responsável pela produção de alimentos no Brasil. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o país tem mais de 4 milhões de famílias agricultoras, o que corresponde a 84% dos estabelecimentos agropecuários e responde por aproximadamente 33% do valor total da produção do meio rural. Dentro da cadeia produtiva do Brasil, o agricultor familiar abastece o mercado brasileiro com: mandioca (87%), feijão (70%), carne suína (59%), leite (58%), carne de aves (50%), milho (46%), dentre outros.
Além de fornecer boa parte dos alimentos, a agricultura familiar tem se tornado chave na construção de políticas públicas, na adoção de incentivos financeiros, na formulação de normas e leis, na criação de modelos de compras, inclusive a compra direta pelo governo, possível por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).
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Os grupos assessorados pela Adel por meio do Projeto São José trabalham com apicultura, ovinocaprinocultura, fruticultura e agricultura de sequeiro, isto é, técnica agrícola de cultivo em terrenos de baixo pluviosidade e solo firme. As primeiras ações desenvolvidas no projeto foram: mobilização dos agricultores, caracterização das propriedades rurais e elaboração de planos de trabalho em cada grupo.
A assessoria técnica é contínua e acontece em cada propriedade. Já as capacitações são desenvolvidas de forma coletiva a partir das demandas e especificidades de cada grupo. Ambas as atividades visam a disseminação de técnicas sustentáveis, agroecológicas e com rentabilidade às entidades representativas e aos agricultores familiares beneficiados, com inclusão e adequação de novas tecnologias nos empreendimentos produtivos. Proporcionam também a inclusão e ampliação do acesso a mercados formais pelos agricultores, inclusive na oferta de alimentos aos programas governamentais, como PAA e PNAE.
Capacitações com agricultores
Os agricultores consideram que as capacitações são fundamentais para o desenvolvimento das atividades agrícolas. Segundo Francisco Alves, agricultor que reside no Assentamento Ramalhete, em General Sampaio, as oficinas ministradas pela Adel possibilitam aos agricultores o acesso ao conhecimento. “Os cursos, encontros que a gente faz, facilita mais o nosso trabalho, a vida, só vem aperfeiçoar ainda mais o nosso conhecimento sobre o semiárido”, ressalta Francisco.
As capacitações realizadas pela Adel com os grupos produtivos envolvem diversas temáticas como: associativismo, cooperativismo, empreendedorismo, defensivos naturais, importância de reflorestamento na atividade agrícola e apícola, produção de forragem e armazenamento, boas práticas e conservação de produtos alimentícios apícolas, práticas de agricultura orgânica, manejo alimentar de abelhas, auxílio da elaboração de planos de negócio e comercialização, gestão de custos, dentre outros.
“Eu acho muito importante esses encontros porque a gente fica sabendo de assuntos que não conhecemos. Apresentam os projetos que surgem para beneficiar a comunidade, também tiram dúvidas dos produtores sobre vários assuntos, gosto de participar”, afirma Ana Lúcia, agricultora que reside no Assentamento Ramalhete, em General Sampaio.
Para a Especialista de Projetos da Adel, Pollyanna Quemel, o impacto do Projeto tem sido positivo, os beneficiários estão recebendo sistematicamente uma visita de assistência técnica. “Isso [a assessoria técnica], é algo muito positivo, porque o agricultor está sendo acompanhado bem de perto mensalmente, recebendo as orientações e aplicando no seu dia a dia”, destaca.
Outros resultados percebidos ao longo das ações foram o aumento da interação social e cooperação entre os agricultores; elevação da produtividade e da rentabilidade das atividades agrícolas, o que consequentemente gera trabalho e renda; inclusão econômica e social das famílias nos processos de produção e beneficiamento de produtos; organização produtiva para o processo de comercialização; além da forte presença e participação de mulheres nas atividades produtivas e nos momentos de discussões coletivas.
As atividades do Projeto executadas pela Adel seguirão até abril de 2019, com realização de capacitação e assessoria técnica na produção, gestão e comercialização dos produtos da agricultura familiar. Além da assessoria técnica aos grupos produtivos do São José III, a Adel desenvolve diversas ações com agricultores familiares no Nordeste brasileiro. Por meio da área de Novos Negócios, a instituição oferece diversos serviços que contribuem com o desenvolvimento produtivo e a sustentabilidade da agricultura.
O Projeto São José III
A perspectiva do Projeto de Desenvolvimento Rural Sustentável – PDRS/PSJ III é aumentar a inserção econômica, a agregação de valor dos empreendimentos familiares da área rural, com financiamento de projetos produtivos no âmbito de cadeias produtivas promissoras, numa perspectiva de fortalecimento dessas cadeias e da inserção sustentável da agricultura familiar nos respectivos mercados.
Os beneficiários são agricultores familiares que desenvolvem atividades agrícolas e não-agrícolas em comunidades rurais representados por suas organizações, tais como: associações, cooperativas condomínios ou outras desde que legalmente constituídas. São beneficiados também grupos sociais específicos, tais como quilombolas, povos indígenas, pescadores artesanais e outros grupos. O Projeto visa atender ao todo 32.400 mil famílias por meio da implantação de 490 Projetos.
Para saber mais acesse: https://www.sda.ce.gov.br/ugp-sao-josee-iii/