Com o surgimento de programas que incentivam os agricultores a investirem em sua produção e a crescente dinamização das economias rurais, novas possibilidades de desenvolvimento da produção afloram e a renda dos agricultores familiares se eleva.
Sr. Lourenço Castro, 42 anos, é um dos agricultores familiares que reside no Núcleo B, Pentecoste/CE, acessou ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) para investir na cadeia produtiva de apicultura. Pai de quatro filhos, com uma propriedade de 4 ha, ele acredita que o acesso ao crédito permite elevar a produção e melhorar a atividade produtiva.
“Eu vejo que o acesso ao crédito possibilita o produtor investir e crescer na atividade, no meu caso acessei duas vezes e vou acessar mais vezes para investir na apicultura, pretendo comprar mais 25 colmeias, e continuar ampliando sempre que poder”, afirma Sr. Lourenço.
O Pronaf financia projetos individuais ou coletivos, que gerem renda aos agricultores familiares, e possui as mais baixas taxas de juros dos financiamentos rurais. “Eu vi no crédito uma possibilidade de crescimento na atividade, e é uma das poucas saídas para quem quer investir na propriedade, devido à facilidade de pagamento, e juros baixos”, assinala ele.
Sr. Lourenço embora cultive em sua propriedade coco, banana, milho, feijão e mamona, escolheu a atividade apícola para fazer os investimentos. Membro da Associação dos Apicultores de Vila Nova Serrota participou do projeto Apicultura Integrada e Sustentável desenvolvido pela Agência de Desenvolvimento Econômico Local (Adel) na comunidade.
“Com os conhecimentos repassados nos cursos comecei a perceber que se investisse na apicultura e colocasse em prática o que aprendi, a renda da propriedade podia aumentar”, conta Sr. Lourenço, citando os cursos de associativismo e empreendedorismo, ministrados pela Adel na comunidade de Vila Nova.
“A Adel para mim tem uma grande importância, ela proporcionou o acesso ao conhecimento e viabilizou a realização de um grande sonho da associação dos apicultores: ter uma casa de mel para beneficiar a nossa produção. Através dela, tive a oportunidade de conhecer outras realidades através de um intercâmbio em Limoeiro do Norte, onde adquiri muitos conhecimentos que serviu para melhorar a minha produção de mel”, afirma.
As expectativas do agricultor é que em breve a atividade apícola gere renda para a propriedade e seja um exemplo para outras pessoas que ainda temem em acessar crédito para investir na produção. Atualmente ele tem 30 colmeias e comercializa a produção para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).