Gilberlane Oliveira
“Durante a formação do PJER surgiu em mim o desejo de empreender na área de costura, porque eu tinha o conhecimento prático, mas me faltava o técnico para saber botar o negócio pra frente, sem falar do crédito que tive acesso após a formação. Foi um ótimo incentivo para o meu empreendimento”.
Gilberlane Oliveira Arruda, 28 anos, reside na comunidade de Muquém, em Pentecoste/CE. Desde muito jovem, já demonstrava autonomia nas tarefas de casa. A primeira atividade foi na agricultura com o pai aos dez anos. Um dos filhos mais jovens de cinco irmãos, destacava-se por sempre estar disposto a ajudar o próximo.
Filho de Maria Ecilda, 59 anos, e Gilberto Honório, 59 anos, sempre foi dedicado e disposto a ajudar os pais quando solicitado. Ecilda conta que o incentivou ainda pequeno a bordar e costurar por achar muito cansativo para o filho trabalhar na agricultura e outras atividades braçais por pouca remuneração. “Enxerguei que, se ele aprendesse a bordar, iria ganhar mais, ficar mais próximo a mim e se desgastaria menos. Lembro que ele, no início, se escondia das visitas quando estava bordando ou costurando por achar que ainda não estava preparado para assumir a nova ocupação. Era engraçado. Eu chamava a atenção dele, explicando que não era só mulher que fazia aquilo, até que ele perdeu a vergonha e começou a se dedicar a atividade”.
Ecilda relata que o filho foi um dos poucos jovens da comunidade que fez diferente, que quis permanecer e ficar próximo à família. Gilberlane deu continuidade a um trabalho passado por gerações. “É muito bom ficar com os filhos próximos de casa, principalmente trabalhando e ajudando, Gil aprendeu a bordar e costurar comigo, eu aprendi com minha mãe e ela com minha vó e por aí vai.”, relata.
Gil era dedicado em casa e também no colégio. Durante todo o ensino básico, o jovem conciliava as atividades escolares com a agricultura e serviços de casa. Aos dezessete anos, concluiu o Ensino Médio. Naquela época, Gil já sabia bordar e costurar, mas, naquele momento, não enxergava como uma atividade rentável.
Então surgiu a oportunidade de trabalhar como vendedor na região com um amigo que residia na comunidade e que mais tarde viria a ser seu cunhado. Durante dez meses, Gil se dedicou à atividade de vendedor. Apesar de ocupar muito seu tempo, a ponto de sair muito cedo e chegar só à noite, ele era bem remunerado e supria suas necessidades daquela época.
No ano posterior, já com dezenove anos, surgiu a oportunidade de Gil ingressar no Curso de Empreendedorismo e Gestão de Negócios do Programa Jovem Empreendedor Rural (PJER) da Adel. Soube do curso por intermédio de outro jovem que já havia ingressado. Após receber o incentivo, Gil ficou interessado, decidiu então conciliar as atividades de vendedor com a formação.
Gil era dedicado em casa e também no colégio. Durante todo o ensino básico, o jovem conciliava as atividades escolares com a agricultura e serviços de casa. Aos dezessete anos, concluiu o Ensino Médio. Naquela época, Gil já sabia bordar e costurar, mas, naquele momento, não enxergava como uma atividade rentável.
Então surgiu a oportunidade de trabalhar como vendedor na região com um amigo que residia na comunidade e que mais tarde viria a ser seu cunhado. Durante dez meses, Gil se dedicou à atividade de vendedor. Apesar de ocupar muito seu tempo, a ponto de sair muito cedo e chegar só à noite, ele era bem remunerado e supria suas necessidades daquela época.
No ano posterior, já com dezenove anos, surgiu a oportunidade de Gil ingressar no Curso de Empreendedorismo e Gestão de Negócios do Programa Jovem Empreendedor Rural (PJER) da Adel. Soube do curso por intermédio de outro jovem que já havia ingressado. Após receber o incentivo, Gil ficou interessado, decidiu então conciliar as atividades de vendedor com a formação.
“Inicialmente me inscrevi no curso só por curiosidade. Durante a formação, surgiu em mim o desejo de verdade de empreender na área de costura porque eu tinha o conhecimento prático, só que faltava o técnico para saber botar o negócio pra frente, sem falar do crédito que tive acesso após a formação. Foi um ótimo incentivo para o meu empreendimento”, afirma Gil.
O jovem conciliou o Curso com as atividades de cobrança. Apesar de ter se afastado das vendas, ainda continuou no negócio de outra forma. Também retornou a bordar com a mãe dele. Dessa vez, sendo bem remunerado, fortalecendo ainda mais o desejo de investir no próprio negócio. Desde o início, o pai Gilberto incentivou o filho na busca de oportunidades, mas enfatizava que essa oportunidade tinha que ser na região, na comunidade. “Sempre o incentivei em tudo que fazia. Apesar das dificuldades da comunidade, eu via que tinha como ele permanecer aqui e ganhar seu próprio dinheiro. Ele aprendeu com a mãe a bordar, entrou no curso e hoje está aqui próximo da gente, fazendo sua própria renda e ajudando comunidade e a nossa família.”
No final de dezembro de 2013, Gil concluiu o Curso e, no ano posterior, acessou a linha de crédito do Fundo Veredas, iniciativa da Adel para apoiar financeiramente jovens empreendedores rurais. Após o acesso, Gil deu início ao negócio dele e ao relacionamento com Juliana, 19 anos, jovem da comunidade, que empreendeu com Gil a bordar, o auxiliando diretamente no empreendimento.
Depois de um ano, Gil já havia comprado as máquinas e materiais necessários e já estava empreendendo com Juliana na casa dos pais dele. Em 2015, Gil construiu a própria casa próximo a dos pais e passou a residir nela com Juliana. Lá, o jovem organizou um espaço para o negócio.