Neste ano, temos a alegria de realizar com a comunidade Cruz da Menina, no município Dona Inês, na Paraíba, um projeto com foco no empreendedorismo e inclusão socioprodutiva de mulheres e jovens. A iniciativa conta com o apoio do Instituto Solea.
Cruz da Menina é uma comunidade quilombola guardiã das nossas tradições ancestrais, de uma culinária autêntica e de histórias de resistência. A gente ousaria dizer que ela preserva saberes únicos e que atravessam gerações. Por meio deste projeto, esperamos contribuir para o desenvolvimento sustentável deste território com suas vocações, seus saberes e suas potencialidades.
O projeto, coordenado pela nossa área de Programas, busca por meio da educação para o trabalho e do fomento e suporte à criação de empreendimentos acessíveis e economicamente viáveis, criar uma rede de negócios locais para impulsionar ainda mais a cultura local.
No dia 16 de setembro, os nossos Diretores Gláucio Gomes (Executivo) e Wagner Gomes (Novos Negócios) estiveram reunidos na comunidade com membros da equipe do Instituto Solea. Dentre os participantes, estavam o Presidente do Instituto Solea, Reinaldo Rique; o membro do Conselho Consultivo, Rodrigo Rique; e, o Especialista de Projetos Sociais Marcos Gaspar. Mulheres, jovens, crianças e lideranças de Cruz da Menina também participaram dessa agenda.
Durante a visita, nossos Diretores e os representantes do Instituto Solea tiveram a oportunidade de dialogar com os beneficiários do projeto, ouvir relatos de suas experiências e observar as melhorias que o projeto pode proporcionar na comunidade. Para nosso Diretor Executivo, Glaucio Gomes, foi bastante inspiradora essa agenda. Espera-se que as boas práticas de desenvolvimento sustentável em Cruz da Menina sejam replicadas em outras comunidades.
“Cruz da Menina é um exemplo de comunidade que tem potência para mobilizar e atrair pessoas para o município de que faz parte e contribuir para o desenvolvimento local. Por sua riqueza cultural e sua forte identidade, pode ser o ponto de partida de uma estratégia para dinamizar a economia local, ainda mais ao se integrar à cadeia de valor do ecoturismo e do turismo rural, que vem se fortalecendo a partir de Bananeiras, nessa região da Paraíba. Oportunidade para inclusão socioprodutiva e geração de renda para as mulheres quilombolas, ao mesmo tempo em que preserva e dissemina a história e a cultura dos povos remanescentes de quilombos. É uma amostra de como cultura pode ser base para um modelo desenvolvimento econômico justo e humano em um território. É uma experiência fantástica para a Adel poder ajudar essas mulheres no desenvolvimento de capacidades para aproveitarem as oportunidades que surgem na região, pela qual agradecemos ao Instituto Solea por viabilizar”, destaca Gláucio.
A expectativa é que essa troca de conhecimentos e experiências contribua significativamente para o empoderamento das comunidades quilombolas e para a promoção de um desenvolvimento justo e inclusivo.
Sobre o projeto
O projeto Empreendedorismo e inclusão socioprodutiva de mulheres e jovens em Cruz da Menina busca contribuir para a inclusão socioprodutiva e para geração de trabalho e renda consistente de 30 famílias quilombolas da comunidade, por meio do suporte organizativo, da educação para o empreendedorismo e protagonismo e do fomento à criação e ao desenvolvimento de negócios locais aproveitando oportunidades efetivas já existentes nas cadeias de valor da região.
A primeira ação do projeto é a realização de um estudo estratégico das cadeias de valor do território e identificação de oportunidades efetivas e realistas de criação de negócios pelas famílias de Cruz da Menina, considerando potencial de rentabilidade e viabilidade técnica, operacional e econômica em curto e longo prazo.
Em seguida, os participantes do projeto, participarão de várias formações, incluindo um curso sobre empreendedorismo e protagonismo no meio rural. Também haverá intercâmbios de aprendizagem para conhecer experiências exitosas no território da Borborema no estado da Paraíba, assessorias e tutorias para impulsionar o desenvolvimento de empreendimentos e a formação de Arranjos Produtivos Locais (APLs).