A CPFL Renováveis, líder na geração de energia renovável no Brasil, em parceria com a Agência de Desenvolvimento Econômico Local (ADEL) inauguraram em setembro a Casa de Farinha Raízes da Terra, no Aldeamento Passagem Rasa, Terra Indígena Tremembé de Almofala, em Itarema, no Ceará. A construção do local faz parte do Plano Básico Ambiental do Componente Indígena (PBA-CI), condicionante da licença de operação do Complexo Eólico Pedra Cheirosa, de propriedade da geradora de energia.
O evento de inauguração contou com a presença de mais de trinta pessoas, entre representantes da FUNAI, da CPFL Renováveis, da Adel e o Povo Indígena Tremembé de Almofala. No encontro, foi apresentada a trajetória do projeto, o processo de construção da Casa de Farinha e sua importância no fortalecimento das atividades produtivas locais, além da melhoria nas condições socioambientais da Passagem Rasa e dos demais aldeamentos que farão uso do equipamento.
A Casa de Farinha Raízes da Terra possui área construída de 140 m² é composta por um sistema de ralação, prensagem e dois fornos artesanais e tem capacidade de produção de 900 kg de farinha por dia.
A Casa de Farinha vem suprir uma necessidade do Povo Indígena Tremembé de Almofala que é produzir a farinha nos próprios aldeamentos, eliminando a necessidade de acessar estabelecimentos similares desta região. Espera-se uma interação maior entre as aldeias vizinhas e a gestão será coletiva e beneficiará a todos.
Durante a inauguração, Manoel Domingos, Liderança do Aldeamento Passagem Rasa, enfatizou sua satisfação e felicidade em receber o projeto. “É uma honra ter uma Casa de Farinha em nosso aldeamento. Tentamos outros projetos, mas esse sempre foi muito desejado por nós. A Casa de Farinha é uma conquista para todos nós”, disse.
Além do Cacique João Venâncio, Pajé Luís Caboclo, lideranças dos diversos aldeamentos, e demais indígenas, participaram do encontro Gláucio Câmara, analista de Licenciamento Ambiental da CPFL Renováveis; Cicero Sousa, Cristiane Dutra e João Bosco, representantes da FUNAI Regional e Local; e, três integrantes da equipe da Adel, Adriano Batista, diretor executivo, Wagner Gomes, diretor de negócios e Elionardo Oliveira, assistente de comunicação.
O cultivo de mandioca faz parte da tradição dos povos indígenas. Nas farinhadas eles produzem além da farinha, outros derivados de mandioca, como goma, massa e beiju. Aprimorar essas técnicas de produção e fortalecer o trabalho coletivo são os principais objetivos do projeto. Durante uma boa safra, cada família indígena chega a produzir cerca de 100 kg de farinha.